ABSTRACT
Utilizando-se da bordagem semiótica e hermenêutica, discute algumas premissas relacionadas a análise da concepçäo popular de esquistossomose. Valendo-se de um trabalho de campo realizado no Estado da Bahia, säo identificadas duas situaçöes em que os atores sociais, em contextos específicos, constroem as significaçöes dessa endemia: a signficaçäo de "primeiro grau" e de "segundo grau". O primeiro tipo de significaçäo refere-se a experiências sensíveis, corporais e é intersubjetivamente compartilhada, enquanto que o segundo tipo é construído com base em significados formulados pelos agentes de saúde. Nesse último caso, a construçäo popular da doença está diretamente vinculada aos discursos e açöes previamente estabelecidos por programas específicos de controle e combate da endemia.